O soft power, conhecido por sua abordagem diplomática e de persuasão, parece ter perdido espaço para o hard power, que se caracteriza pelo uso da força e da coerção para atingir objetivos na política externa. Um exemplo recente dessa mudança foi a imposição de tarifas sobre produtos vindos do Canadá, México e China.
A Coerção Econômica como Estratégia
Essa ação representa uma declaração de guerra econômica contra os três maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos, que ameaçaram retaliar, intensificando um conflito que pode ter proporções significativas. A decisão de seguir adiante com as tarifas eleva os riscos da abordagem "America First" para o resto do mundo, com consequências potencialmente profundas.
Possíveis Desdobramentos
Caso os países afetados cedam rapidamente, isso pode ser interpretado como uma validação da estratégia adotada. No entanto, se as tarifas entrarem em vigor e permanecerem por um longo período, os consumidores americanos poderão sentir o impacto, com o aumento dos custos de diversos produtos.
O Abandono de Ferramentas Diplomáticas
Além das táticas de força, outras ferramentas tradicionais da política externa americana estão sendo deixadas de lado. O governo suspendeu grande parte da ajuda internacional fornecida pelos Estados Unidos e pode tentar desmantelar a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional. Essa ajuda, embora represente uma pequena parcela do orçamento federal, tem sido vista como uma forma de criar boa vontade e influência em diversas partes do mundo.
Próximos Passos
O cenário internacional aguarda os próximos capítulos dessa nova abordagem na política externa, com a expectativa de que os países afetados respondam às medidas adotadas. Resta saber se essa estratégia de coerção econômica será eficaz a longo prazo ou se trará mais prejuízos do que benefícios para as relações internacionais.