As tarifas retaliatórias da China sobre produtos americanos entraram oficialmente em vigor neste domingo (9), no horário de Washington, e na segunda-feira no horário de Pequim. A medida foi anunciada na última terça-feira como resposta à cobrança de 10% imposta pelos Estados Unidos sobre as importações chinesas.

Expectativa de negociação

Havia esperança de um acordo entre as duas maiores economias do mundo, semelhante às negociações que resultaram na suspensão temporária das tarifas americanas sobre produtos do México e do Canadá. No entanto, o cenário mudou rapidamente.

A Casa Branca chegou a confirmar que o presidente Donald Trump conversaria com o presidente chinês, Xi Jinping, na quarta-feira. Pouco depois, Trump descartou a possibilidade do telefonema, frustrando as expectativas de avanço diplomático.

Tarifas e setores afetados

A embaixada chinesa em Washington D.C. confirmou que as tarifas entraram em vigor às 0h01 do horário de Pequim (13h01 em Brasília), atingindo um volume estimado de US$ 14 bilhões em produtos americanos.

De acordo com o Ministério do Comércio da China, as novas tarifas incluem:

• Gás liquefeito e carvão: taxa de 15%

• Petróleo, máquinas agrícolas e veículos de grande porte: taxa de 10%

Essas tarifas afetam setores estratégicos da economia americana, aumentando as tensões comerciais entre os dois países. A escalada do conflito gera incertezas sobre o futuro do comércio global e pode impactar mercados financeiros e cadeias de suprimentos em todo o mundo.

As próximas movimentações de ambos os governos serão decisivas para definir os rumos da disputa comercial.