Um pastor de 79 anos foi preso na última terça-feira (9), em Amaraji, no interior de Pernambuco, acusado de abusar sexualmente de suas filhas adotivas gêmeas durante sete anos. A prisão do suspeito, que era uma figura conhecida e respeitada na comunidade local, foi resultado de uma investigação iniciada por um comentário em uma rede social.
Comentário no Instagram da Polícia Civil dá início à investigação
Tudo começou quando a irmã das vítimas, cansada de ver a impunidade do crime, comentou em uma postagem da Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) sobre a prisão de outro suspeito de abuso sexual. Em seu comentário, a mulher desabafou: "Achei que seria o pai das minhas irmãs, mas infelizmente não foi o maldito."
O comentário tocou os policiais da PC-AL, que entraram em contato com a mulher para obter mais detalhes. Ao ouvir o relato da vítima, que buscava ajuda há dois anos sem sucesso, a equipe policial deu início a uma investigação célere para localizar o suspeito.
Investigação revela que pastor vivia foragido e mantinha vida discreta
As investigações apontaram que o pastor estava foragido e vivendo em Amaraji, onde era pastor de uma igreja evangélica há mais de 30 anos. Apesar de ter cometido crimes hediondos, ele mantinha uma vida aparentemente normal e era considerado uma figura respeitada na comunidade. Segundo o policial civil Welber Cardoso, a prisão do pastor causou grande surpresa na localidade.
Localizado em sua casa, o pastor foi detido e levado à delegacia local. Em seguida, ele foi transferido pelo NIESP para a Central de Polícia de Arapiraca, onde aguarda audiência de custódia.
O caso do pastor que abusou sexualmente de suas filhas adotivas durante anos choca a comunidade e levanta questionamentos sobre a negligência das autoridades em casos de abuso infantil. Como o pastor conseguiu manter uma vida aparentemente normal por tanto tempo, mesmo com as denúncias? Por que a irmã das vítimas precisou recorrer a um comentário em uma rede social para finalmente ter seu caso investigado?
É fundamental que as autoridades competentes tomem medidas para garantir a proteção das crianças e adolescentes contra todo tipo de abuso. A negligência em casos como esse não pode ser tolerada.
O caso também evidencia a importância das redes sociais como ferramenta para denunciar crimes e buscar ajuda. Através das redes, vítimas podem ter voz e alcançar as autoridades competentes, mesmo quando os canais tradicionais falham.
É importante lembrar que, se você suspeitar de que uma criança ou adolescente está sendo vítima de abuso, não hesite em denunciar. Você pode fazer isso através do Disque 100 ou diretamente em uma delegacia de polícia.