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Belo Horizonte: fábrica clandestina de submetralhadoras é desmantelada no Taquaril

Operação conjunta da PM desvenda esquema de tráfico e produção de armas artesanais, resultando na apreensão de um adolescente e armamento.

Redação
Por: Redação Fonte: https://portalgenesis.net.br/
08/06/2025 às 11h14
Belo Horizonte: fábrica clandestina de submetralhadoras é desmantelada no Taquaril
Foto: Fred Magno

Uma ação conjunta e estratégica da Polícia Militar, envolvendo o Tático Móvel do 22º e do 13º Batalhões, revelou um perigoso esquema de tráfico de drogas e fabricação de armas em Belo Horizonte. No último sábado, 7 de junho de 2025, a operação resultou na apreensão de um adolescente e na descoberta de uma fábrica artesanal de submetralhadoras no bairro Taquaril, acendendo o alerta para a criminalidade na capital mineira.

Do tráfico de crack à descoberta do arsenal

A investigação teve início após a abordagem de um adolescente no bairro Primeiro de Maio. O jovem, que realizava a entrega de crack e recolhia dinheiro do tráfico, confessou sua função e revelou seu endereço no Taquaril. Ao chegarem ao local, os militares foram recebidos pela mãe do adolescente, que autorizou a entrada, mas nada foi encontrado de imediato.

A persistência dos policiais, no entanto, foi recompensada. Durante a ação, um forte cheiro vindo de um barracão vizinho chamou a atenção da equipe. Ao inspecionarem o imóvel, os militares se depararam com uma grande pedra de crack e diversos materiais utilizados para o fracionamento da droga. A grande surpresa, contudo, foi a descoberta de uma estrutura completa para a montagem de armas artesanais. No local, foram encontradas três submetralhadoras já prontas, carregadores em estágio avançado de fabricação e uma furadeira de mesa, um equipamento que levantou suspeitas sobre a sofisticação da produção clandestina.

O papel do adolescente e o perigo das armas artesanais

O adolescente apreendido confessou que recebia uma quantia mensal para armazenar e fracionar o crack, além de ser responsável pelas entregas no Primeiro de Maio. Ele também revelou sua participação na montagem final das submetralhadoras, que chegavam parcialmente prontas ao barracão. "Ali não era feito o corte ou modelagem das peças, mas sim a fase final da produção", explicou o tenente Paiva à imprensa. Essa informação sugere a existência de outro ponto de fabricação de armas, que ainda não foi localizado pelas autoridades.

A Polícia Militar destacou que a fabricação de armas artesanais não é uma novidade em Belo Horizonte. "Não podemos falar em crescimento (das fábricas), porque isso já acontece há bastante tempo. É uma prática recorrente devido ao alto custo de armas de fogo no mercado ilegal", afirmou o policial. Outro ponto que chamou a atenção foi a atuação do adolescente fora do bairro em que morava, uma estratégia comum no mundo do crime. "É comum que determinadas regiões ‘importem’ menores para atuar no crime, quando há escassez de mão de obra local", explicou o militar.

A operação representa um duro golpe contra o crime organizado na capital, reforçando o compromisso da Polícia Militar com a segurança pública e a ordem social. As investigações devem prosseguir para desvendar a cadeia completa de produção e distribuição dessas armas e drogas, garantindo maior tranquilidade à população.

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