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Oriente médio em chamas: Irã ataca hospital israelense; Israel contra-ataca instalações nucleares

O sétimo dia de um confronto sem precedentes eleva a tensão regional, com troca de acusações e advertências sobre o destino do líder supremo iraniano.

Redação
Por: Redação Fonte: https://portalgenesis.net.br/
19/06/2025 às 14h20
Oriente médio em chamas: Irã ataca hospital israelense; Israel contra-ataca instalações nucleares
Foto: Redes sociais

O Oriente Médio mergulhou em uma escalada dramática de violência nesta quinta-feira, 19 de junho de 2025, marcando o sétimo dia de um conflito intenso e sem precedentes entre Israel e Irã. A região vive momentos de grande apreensão após uma série de ataques devastadores que culminaram em um incidente chocante: um míssil iraniano atingiu diretamente um hospital em Israel, enquanto as forças israelenses respondiam com bombardeios a instalações nucleares no Irã.

O ataque ao Hospital Soroka: um alvo civil sob fogo

A manhã de quinta-feira trouxe a notícia alarmante de que o Hospital Soroka, em Beersheba, no sul de Israel, foi alvo de um ataque iraniano. O impacto causou "danos significativos" à estrutura e deixou dezenas de feridos – mais de 70 pessoas foram atingidas, segundo as últimas informações, embora felizmente sem ferimentos graves diretamente da explosão no prédio principal. A unidade, crucial para o atendimento de civis e militares feridos na guerra em Gaza, precisou ser parcialmente evacuada, limitando-se a casos de risco iminente.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou o ocorrido como um "ataque direto" a uma instalação médica, um ato que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) rapidamente condenou, reiterando a necessidade de "respeito" e "proteção" aos hospitais, conforme as leis internacionais de guerra.

A retaliação verbal israelense foi imediata e contundente. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, "não pode continuar existindo", acusando-o de "crimes de guerra gravíssimos" por deliberadamente alvejar hospitais e áreas residenciais. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu endossou a posição, prometendo "fazer desaparecer" a ameaça nuclear e balística iraniana, em um esforço para "finalizar a erradicação dessa ameaça".

A resposta de Israel: o foco nas instalações nucleares

Em uma demonstração de força e retaliação, o Exército israelense anunciou ter conduzido uma série de ataques aéreos durante a noite. Os alvos incluíram um "reator nuclear inativo" em Arak e uma "instalação de desenvolvimento de armas nucleares na área de Natanz", no centro do Irã. Cerca de 40 aviões de guerra participaram dessas incursões, que teriam atingido dezenas de locais. Israel já havia afirmado ter destruído "a principal instalação" da usina de enriquecimento de urânio de Natanz. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou, inclusive, ter encontrado "elementos que mostram impactos diretos nas câmaras subterrâneas" da usina, levantando preocupações sobre o programa nuclear iraniano.

O Irã, por sua vez, reagiu acusando a AIEA de agir como uma "aliada" da "guerra de agressão" de Israel, em uma declaração do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaeil Baqaei, direcionada ao chefe da agência, Rafael Grossi.

O balanço trágico e o tabuleiro geopolítico

O conflito já acumula um custo humano doloroso. No Irã, os ataques israelenses deixaram pelo menos 224 mortos desde o início da guerra, embora algumas fontes apontem um número maior de vítimas. Em Israel, os disparos iranianos resultaram em 24 mortes.

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araqchi, prometeu que o Irã "continuará exercendo seu direito à autodefesa" e fará o "agressor se arrepender e pagar por seu grave erro". Anteriormente, o aiatolá Khamenei havia declarado que seu país jamais se renderia às pressões externas.

A comunidade internacional observa os desdobramentos com crescente apreensão. A possibilidade de uma intervenção americana no conflito é um ponto crítico. O Irã já advertiu que tal ação causaria "danos irreparáveis". O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embora aliado de Israel, tem mantido uma postura ambígua, afirmando que "todas as opções estão sobre a mesa" e que ainda não tomou uma decisão final sobre o envolvimento militar. Trump, em declarações anteriores, chegou a especular sobre uma possível "queda" do regime iraniano, e até mesmo sobre a possibilidade de eliminar o aiatolá Khamenei.

A tensão permanece palpável, com diplomatas e líderes globais buscando caminhos para uma desescalada e o fim das hostilidades que ameaçam a estabilidade de todo o Oriente Médio.

 

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