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Vitiligo: desvendando mitos e celebrando a pele no Dia Mundial da Conscientização

O 25 de junho marca a luta contra o preconceito e a busca por avanços no tratamento de uma condição que afeta milhões globalmente.

Redação
Por: Redação Fonte: https://portalgenesis.net.br/
25/06/2025 às 14h56
Vitiligo: desvendando mitos e celebrando a pele no Dia Mundial da Conscientização
Foto: Dr. Ismael Alves Rodrigues, médico FSFX

Hoje, 25 de junho, o mundo se une para celebrar o Dia Mundial do Vitiligo, uma data dedicada a lançar luz sobre essa condição de pele que impacta milhões de pessoas em todos os cantos do planeta. Embora o vitiligo não represente qualquer ameaça à saúde física, seu impacto na autoestima e no bem-estar emocional dos pacientes pode ser profundo. Nesse cenário, campanhas informativas ganham um papel crucial, não apenas para esclarecer a população sobre a doença, mas, acima de tudo, para combater o preconceito e os estigmas que ainda a cercam.

Origem, gatilhos e o mito do estresse

O dermatologista da Fundação São Francisco Xavier, Dr. Ismael Alves, esclarece que o vitiligo possui uma origem genética. “A pessoa que manifesta vitiligo, seja na infância ou na vida adulta, já nasceu com a predisposição genética para desenvolver a doença. No entanto, o fato de ser genética não significa que ela seja necessariamente familiar, pois há muitas doenças genéticas que não são, obrigatoriamente, familiares. O vitiligo é uma delas”, explica o médico. Essa informação frequentemente surpreende pacientes que não possuem histórico familiar da condição.

O Dr. Ismael aponta que alguns fatores ambientais e emocionais podem funcionar como gatilhos para o surgimento ou agravamento das lesões, como infecções virais, certos medicamentos e, principalmente, momentos de grande estresse emocional. Contudo, o especialista faz um alerta fundamental: “É importante que a sociedade entenda que o vitiligo não é causado pelo estresse. Atribuir a doença apenas a fatores emocionais pode levar o paciente a se culpar pelas próprias lesões, o que é injusto e prejudicial.”

Avanços no tratamento e a esperança da repigmentação

Embora o vitiligo ainda não tenha uma cura definitiva, o Dr. Ismael destaca que a doença pode ser controlada com tratamentos individualizados. O avanço mais promissor, segundo o especialista, reside em novas terapias imunológicas. Esses tratamentos atuam controlando a ação do sistema imunológico sobre os melanócitos — as células responsáveis pela cor da pele. “Esses medicamentos já existem para outras doenças e estão sendo cada vez mais estudados para o vitiligo, com a vantagem de terem menos efeitos colaterais do que os tratamentos tradicionais”, observa.

Atualmente, os pacientes contam com diversas abordagens terapêuticas, incluindo o uso de cremes, medicamentos de uso oral, fototerapia com luz ultravioleta e, em casos específicos, o transplante de melanócitos. Essa técnica inovadora consiste em transferir células pigmentares de uma área saudável para as regiões despigmentadas da pele. Embora os resultados variem de pessoa para pessoa, muitos pacientes conseguem recuperar a cor da pele e manter as manchas sob controle por longos períodos. A escolha do tratamento é sempre individualizada, considerando o número e a localização das lesões, bem como a estabilidade da doença.

O poder do acolhimento e a luta contra o preconceito

Além do cuidado médico, o acompanhamento psicológico desempenha um papel crucial. O Dr. Ismael enfatiza que o maior impacto do vitiligo é, sem dúvida, emocional, especialmente em crianças e adolescentes. “As lesões não causam dor, não afetam órgãos internos, mas atingem diretamente a autoestima. Por isso, o apoio emocional, inclusive familiar, é essencial. Psicoterapia, grupos de apoio e estratégias de enfrentamento são recursos valiosos no tratamento global da doença”, orienta.

O preconceito, infelizmente, ainda se mantém como um dos principais desafios para quem convive com o vitiligo. A falta de informação gera julgamentos e exclusões, afetando diretamente a qualidade de vida dos pacientes. As campanhas de conscientização realizadas em junho são fundamentais para desmistificar a condição e fomentar o acolhimento. “O paciente precisa saber que não está sozinho. Em média, 1% da população mundial tem vitiligo. Em algumas regiões, esse número chega a 2%, ou seja, uma a cada 50 pessoas”, ressalta o Dr. Ismael.

Para aqueles que receberam o diagnóstico recentemente, o médico da Fundação São Francisco Xavier reforça que o vitiligo é uma condição de manifestação externa e não compromete a saúde física. “Com tratamento adequado e apoio emocional, é possível controlar a progressão das manchas e viver com qualidade. O mais importante é não se isolar e nem se culpar. O vitiligo não é uma falha pessoal, é uma condição genética que pode ser manejada com acompanhamento médico e psicológico.”

Fundação São Francisco Xavier: Compromisso com a Saúde

A Fundação São Francisco Xavier, uma entidade filantrópica que atua desde 1969 e conta com cerca de 6.200 colaboradores, é um pilar de excelência em saúde. Atualmente, administra duas unidades hospitalares de referência: o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, que destina cerca de 70% de seus atendimentos ao SUS, e o Hospital Municipal Carlos Chagas, em Itabira (MG), com 100% dos atendimentos pelo SUS.

A gestão dessas unidades hospitalares é reconhecida pela responsabilidade, pela oferta de atendimentos de excelência e pela adoção das melhores práticas de segurança. Além dos hospitais, a Fundação gerencia a operadora de Planos de Saúde Usisaúde, que atende a mais de 200 mil vidas; o Centro de Odontologia Integrada, que ostenta os melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil; e o Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Vita, responsável pela gestão da saúde de mais de 160 mil vidas.

Na esfera educacional, o Colégio São Francisco Xavier, em Ipatinga, é uma unidade precursora e referência em Educação na região, com aproximadamente 2 mil alunos, desde a educação infantil até a formação técnica, consolidando o compromisso da Fundação com a saúde e o desenvolvimento social em diversas frentes.

 

25 de junho: Dia do Vitiligo - Celebre a diversidade da pele

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